11 de mai. de 2009

Fiat LUX!

Quando alguém vive por muito tempo no mundo corporativo, acaba, automaticamente, com outro sobrenome. Todos passam a se chamar "fulano da empresa tal". Seja ao telefone, quando o interlocutor vem com aquela famigerada pergunta "...de onde?", ou quando somos apresentados a alguém num evento qualquer, ou até mesmo em casa, quando nossos pais, corujas ou não, querem se exibir para os amigos ou outros parentes: "Ah! A minha filha é da empresa tal"...

Por isso, quando saímos desse mundo, por vontade própria ou não, a primeira coisa que sentimos é uma certa crise de identidade. Quem sou eu mesmo? De onde mesmo?...

Há três anos deixei o mundo corporativo e passei por essa crise. Não era a primeira vez, of course, pois mudei de "sobrenome" algumas vezes na vida (uma delas, inclusive, por conta do matrimônio - mas, essa é outra história). Mas, sem dúvida, era a primeira vez que decidia que não queria outro sobrenome corporativo que não fosse o meu próprio.

Assim começou o processo de criação do nome/marca da minha empresa. Foram muitas elucubrações. Ideias pipocavam e junto com elas logomarcas que tentavam traduzí-las. Eu sou muito visual e não consigo ficar só nas palavras; elas têm que ter uma forma também. Além disso, havia a questão do negócio: o que seria mesmo? Começou com eventos, depois, por questões práticas, voltei ao marketing e, mais adiante, uma mescla dos dois. Então, com um plano de negócios ainda impreciso, fui atrás de uma marca que fosse independente do serviço que seria prestado, mas que traduzisse a alma de quem o faria: euzinha.

Acho meu nome lindo (Ana Luiza), mas, ele não é nada comercial. Além de grande (são 4 nomes ao todo), não soa como o nome de uma empresa e tampouco é original. Se ainda fosse Trump, Armani, Gerdau, ou coisa assim... Mas, Xavier de Macedo não traduzia o que eu buscava.

Uma das coisas mais divertidas que os criadores de marcas fazem é um "brainstorm" (ou tempestade de ideias, na tradução não literal). É a hora de colocar tudo no papel, não importando se trata-se da maior asneira do mundo ou se foi algo resultante de um árduo trabalho de pesquisa. O que importa, nessa hora, é não ter preconceitos, pois a resposta pode estar onde menos se espera (vejam o exemplo do Yahoo! e do Google, marcas que não têm preço). Pois bem, fiz minha lição de casa e, ao colocar no papel palavras que vinham à mente de maneira aleatória e outras derivadas de pesquisas, cheguei, novamente, ao meu nome.

Somando letras daqui e dalí, não é que surgía uma palavra interessante!? LU, de Luiza + o X, de Xavier = LUX! E, pra coisa ficar ainda mais interessante, o significado de LUX em latim não poderia expressar melhor o que eu desejava para a minha empresa: luz, brilho, notoriedade, vida, publicidade...

E assim fez-se a LUX!



Com direito a marca registrada no INPI e tudo mais.

Beijos iluminados,


Ana LUX
(viu, agora, de onde veio o pseudônimo?)

3 comentários:

  1. Ficou bacana !!! isso é que chamo de Ócio Criativo ..hehehe Parabéns e continue escrevendo suas memórias. Beijos Bel

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  2. Ficou bacana !! Isso é que chamo de Ócio Criativo ..hehehe Parabéns, continue escrevendo suas memórias. Beijos Bel

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  3. Ana,

    Estou curtindo muito seu blog e adorei o nome de sua empresa.

    Abracao

    Renato

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